COMPARTILHE com energia – A Árvore IPÊ pode curar Leucemia
Última edição em 16 de dezembro de 2014
SETEMBRO É O MÊS do IpÊ, e sendo assim nada melhor do que o COMPARTILHE com energia pegar essa onda e apresentar a vocês um texto que fala um pouco mais sobre a nossa árvore dos 25 anos. Quem compartilha conosco é a Louise Pires, Assessora de Comunicação da Sirtec. Nesse texto, publicado no dia 12.09 pelo Jornal O Regional de São Borja, aprendemos um pouco mais sobre o Ipê, que além de ser uma linda árvore ornamental pode curar um tipo muito comum de câncer no nosso país e nas crianças, a Leucemia.
Leia o texto abaixo:
Abundante, o Ipê poderá ser usado contra a leucemia.
A árvore símbolo de São Borja, o ipê, poderá se tornar um importante aliado no tratamento da leucemia, tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistemas de defesa do organismo. Pesquisadores do Instituto Osvaldo Cruz ( IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) produziram três moléculas derivadas da árvore nativa e do cerrado que são capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis.
A descoberta poderá ser o caminho para a criação de medicamentos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias. O trabalho foi publicado na revista científica European Journal of Medicinal Chermistry.
Os pesquisadores criaram as moléculas da união do núcleo das células de outras duas substâncias – uma delas derivada do ipê – e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia: duas linfoide aguda, mais comum em crianças e com prognostico melhor; e duas de mieloide aguda, mais rara, mas responsável pelos casos mais graves.
Dos 18 compostos criados, três se mostraram mais potentes e com seletividade maior – acertaram as células cancerígenas e, em menos grau, as células saudáveis. E principalmente, tiveram comportamento diferenciado em relação às linhagens de leucemia. Uma delas se mostrou 19 vezes mais potente sobre as células de leucemia linfoide do que sobre as de leucemia mieloide.
“ É a primeira vez investigam as moléculas oriundas dessa estratégia de junção de núcleos em diferentes linhagens de leucemia. E o mais importante é conhecer esse perfil de atividade de acordo com a linhagem. A leucemia é o tipo de câncer que mais afeta as crianças e, por trás dela, se esconde uma grande diversidade de doenças. O grande problema da terapia é a falta do medicamento específico para cada tipo de leucemia. Afirma o farmacêutico, Floriano
Paes Silva Junior, chefe do Laboratório de Bioquímica de Proteínas e peptídeos do IOC.
As moléculas foram preparadas pelo grupo coordenado pelos pesquisadores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, da UFF, com base no núcleo das células de duas substâncias. Uma delas é derivada de um produto natural extraído do Ipê. Esse núcleo pertence à classe química das quinonas.
“ O que nós queremos é matar as células malignas, mas as quinonas costumavam ter baixa seletividade, ou seja, matam também as células saudáveis”, disse Silva Junior.
Os cientistas combinaram, então, o núcleo da quinona com o de outra molécula, chamada tiraziol, que tem a capacidade de atingir somente as células cancerígenas. Silva Júnior reaalta que esse é o “primeiro passo”, para a criação de um fármaco. Mais testes e análises devem ainda levar pelo menos dez anos.
Viva com conhecimento.
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